Em tese e seguindo as regras aplicáveis a uma empresa de Capital Aberto, em última análise, sim, o Presidente da República pode demitir o Presidente da estatal, cujo controle majoritário é do Estado brasileiro.

Mas a questão maior aqui é analisar as consequências do ponto de vista do mercado e, vimos o que ocorreu dada a inconsequente decisão e implementação dela feita pela presidência da república.

O valor das ações da Petrobrás despencou, e a empresa perdeu valor nos mercados local e internacional, a cotação do dólar subiu e o BC teve que intervir vendendo reservas!!! Olha só a bagunça que uma decisão intempestiva causa!

Ainda que houvesse uma razão, e que fosse boa essa razão, a forma como foi tomada a decisão, além de não ter seguido as normas da CVM, não seguiu tampouco o fair-play com o Presidente da Petrobrás, que foi quase que acusado pelo fato de ter feito home office, quando todos sabemos que nesse período muitos CEO´s o fizeram, e o que vale é o resultado do trabalho, não importando de onde ele é feito.

Além do mais, o CEO da Petrobras fez durante a sua gestão um excelente trabalho e mostrou a que veio, contudo, não se dobrou as vontades de controle de preço que alguns pretendiam (e pretendem) sejam feitas pela empresa.

Se o governo, dono da estatal quer fazer dela um entidade social ao invés de uma entidade com fins lucrativos, então não abra o capital a investidores, que ali colocam o seu dinheiro a espera de receber dividendos, pois estamos num regime capitalista, e nesse regime não se espera outra coisa que não rentabilizar o negócio, caso contrário, tornem a Petrobrás uma ONG!!!

 

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